sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ABSTRAÇÃO.

Tudo de mim você sempre soube, eu de você hoje nada sei.
Acreditei saber o que sonhei, mas vivi pouco do que acreditei.
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Hoje percebo que tudo foi abstração, sentimento que se vive sozinho, fere a alma e o coração como espinho que perfura a carne e de mansinho atinge o mais profundo de um ser.
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Sonhei durante uma vida inteira, em noites mal dormidas, e quantos sonhos sonhei acordada, vivendo uma vida de quimeras, de renuncias e de constantes esperas.
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Hoje sei que não devo esperar mais, vivo o presente, um sentir reticente, envolvente, embriagador.
Povoado de frases de amor picadas e poucas palavras de amor imaginadas.
Mas em cada frase em cada olhar, mesmo que não mais te escute e meus olhos já não te vejam, em cada gesto por mim imaginado nada em absoluto tem um ponto final, tudo continua em reticencias...
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Sílvia Pertusi 

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