sábado, 10 de novembro de 2012

EU SÓ QUERO SABER.

Eu só quero saber se o amor é como uma borboleta,
linda, fragil, suave, mas com uma vida tão curta.
Eu só quero saber se depois de tantos anos, se depois de tanta entrega, de tantos sacrifícios, de tanta entrega,
depois de deixar sonhos pessoais esquecidos, é assim mesmo que tudo termina?
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Termina e apaga-se da memória como se nunca houvesse acontecido, não teve mérito, não teve importância tudo o que se viveu, tudo o que se compartilhou?
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Deixa-se jogado no passado sentimentos fortes e verdadeiros como se nunca houvessem existido?
Foi engano? Ou pior ainda foi mentira?
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Não, não pode ser, pois pareceu-me real, verdadeiro.
Ou será que deixei-me enganar por uma vida toda,
acreditando no inacreditavel, vivendo um amor surreal,
mentiroso, amor de brincadeira , amor fantasioso que só
os ingênuos e os puros de espirito são capazes de sentir e acreditar.
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Não pode ser, eu não me enganaria tanto assim,
eu acreditei no seu olhar quando dizia que me amava,
eu compartilhei dos seus carinhos, dos seus beijos,
seria eu tão tola a ponto de ter me deixado manipular,
e ser usada da maneira mais vil e cruel que alguem pode usar outra pessoa?
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Ai meu Deus, por favor não me deixe ter essa certeza,
pois não suportaria saber que você me usou, tomou posse de mim e dos meus sentimento e depois jogou tudo fora, e se eu tomei a atitude foi porque você me deu os motivos que me fizeram toma-la.
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E agora eu só quero saber se foi tudo em vão, se joguei
pérolas aos porcos, ou se vivi uma vida que não era verdadeira, e verdade é o que vivo agora, pois estou
sem sonhos, sem esperança, trancada dentro de mim mesma com medo de viver.
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Estou apenas sobrevivendo dia após dia, ano após ano
até que tudo se acabe.
O coração deixe de pulsar, a mente deixe de pensar,
as lágrimas deixem de rolar e eu deixe de existir.
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Sílvia Pertusi.
  

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