segunda-feira, 20 de agosto de 2012

SAUDADES DE MIM.

Como sinto falta daquela garotinha de olhar
tranquilo, de coração doce, de sorriso farto
que existia em mim.
Voltei a me procurar na infância para quem 
sabe acreditar outra vez na vida.
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Menina tranquila que sonhava com príncipes encantados, acreditava nos contos de fadas,
achava poder ver gnomos, duendes, e acreditava também em um amor verdadeiro que me fizesse feliz.
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Os anos passaram tão depressa, que nem percebi, cresci mas comigo não cresceu a perspectiva de ser feliz.
E como todos os adultos perdi esse maravilhoso dom de sonhar.
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A realidade do dia a dia nos endurece, nos entristece,
nos faz esquecer de como é bom sentir o cheiro de terra molhada, de como é bom tomar banho de chuva, de como é maravilhoso em abraço, ser aconchegado no calor de braços amigos.
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Cresci e perdi-me de mim, perdi aquela euforia gostosa
que se sente nas vésperas de um grande acontecimento,
perdi os amigos de infância que eram tão sinceros e verdadeiros, os de hoje não tão sinceros e verdadeiros.
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Envelheci deixando para traz tudo aquilo que acreditava ser importante, até você que era tudo para mim, transformou-se em nada, parece nem ter feito parte do meu imaginário.
Deixei ficar na saudades os meus sonhos de dolescente.
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Hoje resta-me apenas lembranças, que com o passar dos anos vão se distanciando e aos poucos se apagando,
deixando-me assim viver apenas o presente, sem fazer planos para o futuro.
Acreditando que se deve deixar o passado no passado,
e o futuro nas mão de Deus.
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Sílvia Pertusi.

  

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