quarta-feira, 25 de abril de 2012

PRIMAVERA.

Como eu posso querer que você me ame, se você nada entende de amor.
Como eu posso esperar uma gentileza, um afago, um carinho, se você nunca soube retribuir todos os carinhos que lhe dei.
Como eu posso querer que você entenda de flores, se você nunca plantou um jardim.
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Todas essas certezas aos poucos fui descobrido quanto  mais eu te conhecia.
E fui ficando triste e desapontada, pois é muito difícil perceber que tudo foi ilusão, você sempre foi o que sempre foi, não o que eu imaginei que fosse.
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Se existe um culpado em tudo o que aconteceu, a culpada fui eu, pois acreditei ter encontrado em você o que poderia haver de melhor em um homem, e me apaixonei, perdidamente me apaixonei, e torno a repetir, a culpa não é sua de não ser quem eu acreditei que você fosse.
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As rosas continuaram florindo no meu jardim, as borboletas e os beija flores continuaram valseando em torno delas, e eu?...
Nada sei de mim, depois da desesperança, só me resta 
seguir em frente, plantando e colhendo flores, pois a primavera ainda mora em mim.
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Silvia Pérola    

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