Que dor insuportável sinto ao constatar
que tudo, ou quase tudo foi em vão.
Tantas lutas, tantos conselhos, tantas exemplos dados,
na luta do dia a dia, tanta entrega, tanto amor, e nada,
nada serviu para evitar o inevitável.
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Tantas ofertas de ajuda, tantas vezes o colo oferecido e repudiado, pois, filhos depois que crescem, sempre sabem o que fazem.
E agora?...
De quem é a culpa dessa sua solidão, desse seu sentimento de abandono?...
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Cada um colhe o que plantou,
cada um é responssavel pelos seus atos.
É bem verdade que sofro também,
qual mãe não sofreria?
Mas bem menos que sofreria antes,
a vida criou-me calos na alma.
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Sei que também eu, ao longo de minha vida
cometi muitos erros, pois sou humana.
Mas tenho a certeza, sempre quis e fiz o melhor,
em favor de quem amei e ainda amo.
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Mas agora resta-me apenas desejar que cada um siga
o seu caminho, caminhando com suas próprias pernas,
pois as minhas mal aguentam o peso da idade e do meu
próprio corpo.
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E que cada um de nós consiga encontrar o seu caminho,
que o fardo de cada um seja leve, que as dores e as mágoas sejam esquecidas, que a Fé seja inabalável.
Que o futuro traga de presente alegria e paz,
e que o passado seja deixado no ontem e esquecido.
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Sílvia Pertusi
2 comentários:
Nossa Silvia,como vc escreve bem!
exemplifica muita coisa essas suas palavras...realmente ser mãe é uma coisa muito difícil!Como fazer pra deixar as nossas borboletas voarem???.Muito difícil!
obrigada por suas palavraas no meu blog.beijinhos Yone
Parabéns pelo seu blog e pelos seus poemas, sempre adornados por belíssimas imagens, muito bem selecionadas. Não deixe de atualizá-lo, mesmo quando bate aquela preguiçinha manhosa ou lerdeza...realmente vale o esforço pelo ótimo material já postado. Dê asas a essa maravilhosa vocação de tramsitir com o coração de mãe as emoções vividas...um abraço Ilmar
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