Somos como duas folhas secas,
caídas sem vida de uma frondosa árvore.
Da nossa árvore da vida, que eu acreditava
ser imortal.
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Mas os anos passaram, entre chuvas e
tempestades,
ventos tortuosos balançavam nossos galhas.
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Por muitas vezes senti vontade de desprender-me
e deixar-me ir aos sabor dos ventos,
mas tinha medo, do desconhecido.
Apesar das tormentas, sentia-me segura.-
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Mas as artimanhas da vida tomaram a decisão
por mim, mas não fui só eu que desprendi-me
dos galhos de nossa árvore, você também
foi levado pelos ventos dos sonhos,
e deixou-se ir para longe de mim.
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O tempo passou, foram longos dias e
noites sem fim, o sol e a chuva molharam
a folha seca em que me deixei tornar,
mas percebi que eu já não estava mais
sozinha, havia outra folha a meu lado.
Da mesma árvore, que um dia foi tão frondosa.
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Você lá estava, tão perto de mim,
e eu me sentia tão distante,
as folhas soltas ao vento, quando retornam,
não ficam mais juntas.
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A distancia, a ausência, os desencontros,
os disabores são fatais.
E deixam-se ficar caídas por terra e
Não se uniram jamais.
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Sílvia Pertusi.
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