quinta-feira, 13 de novembro de 2008

VIVER


Viver um sonho de cada vez.
Acreditar que a borboleta pode
se apaixonar pela rosa,
como um dia me apaixonei por você.
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Um amor tão improvável, um amor tão forte
que doía no peito e feria a alma.
Da mesma maneira que a borboleta
amou a rosa eu amei você.
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Loucura, utopia, delírio?
Não sei bem ao certo, só sei
que meu coração disparava,
minhas pernas tremiam.
-
E eu sonhava com seus beijos,
com seus abraços, e vivia uma constante
espera de você, que tardava tanto a chegar,
mas quando vinha minha vida ganhava cor.
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Meus dias se enchiam de sol,
e eu me sentia como a borboleta,
apaixonada pela rosa,
um amor irreal, vivido só nos sonhos,
na fantasia de uma menina inocente.
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Romântica ao ponto de acreditar que sonhos
podem ser realizados, que o príncipe
se apaixona pela plebeia.
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No fim dessa história, o príncipe virou sapo
os anos passaram, eu envelheci,
e a borboleta abandonou a rosa.
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Sílvia Pertsui

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