sábado, 29 de novembro de 2008

LÁGRIMAS


Quantas lágrimas derramadas silenciosas,
ou entre cortadas por soluços que fazem doer o peito,
e apertar a garganta, impedindo que o grito de dor
se irrompesse para minimizar tamanho sofrimento.
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Sofrimento por mim, sofrimentos pelos outros,
que silenciosos seguem a vida, sem coragem de
ousar viver com dignidade, sem forças para exigirem
respeito, caminhando cabisbaixos, com os olhos
postados no chão, tentando assim achar um motivo
para continuar, pelo menos vivendo.
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Sendo escravizados, onde supostamente não existe
mais escravidão, não a escravidão de grilhões e correntes,
mas sim a escravidão moral, que faz com que o homem
se sinta menos homem, que faz com que sua dignidade
seja jogada por terra, pelo sub emprego que é obrigado
a aceitar, para o sustento da família.
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Escravidão dos jovens sem estudo, pois a profissão de professor deixou de ser um sacerdócio e passou a ser um emprego a mais, em um país de desempregados.
Os alunos hoje são meras estatísticas, são clientela.
Provas e provões para testarem o conhecimento dos jovens é mera manipulação de números, para mostrar que o país esta saindo do analfabetismo.
Mentira...
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O que querem é uma juventude incapacitada de pensar, de poder decidir com coerência e certeza na hora do voto,
são todos bois de uma mesma boiada e julgando-se felizes.
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Choro por mim, choro por vocês, choro pelo meu país,
Por meus filhos, por seus filhos, que não terão oportunidades reais de melhorarem a terra onde vivemos,
e somos tratados como estatísticas nas épocas de eleições.
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É por isso que sempre os mesmos estão no poder, se perpetuam em cargos políticos onde seus Egos alastram-se como se fossem deuses.
Meros e repulsivos mortais, que abusam da fé e da esperança de um povo já tão cansado, tão oprimido.
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CHORO, SIM....
CHORO, POR MIM,
CHORO, POR NÓS
E PRINCIPALMENTE, CHORO POR MEU PAÍS.
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Sílvia Pertusi

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