sábado, 30 de agosto de 2008

PROGRESSO


Que saudades de você, meu bom e querido amigo, saudades dos nossos passeios no fim de tarde, onde você na sua eloquência me contava estórias, e eu na minha enocencia, tinha paciência de ouvir.
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Quando sentávamos no banco da pracinha, em baixo daquele Ipê amarelo todo florido, era tão lindo de ver.
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Eu na minha meninice me inebriava pela beleza do jardim da praça, o colorido das flores, o canto dos pássaros a beleza dos beijas-flores voando de flor em flor.
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Mas meu bom e querido amigo, se você voltasse, talvez se sentiria como eu me sinto agora, ao perceber que tudo mudou, acabou.
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A praça e o banco não existem mais, as flores, os pássaros, o Ipê florido, ficaram só na minha lembrança.
Foi tudo destruído.
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Não...não foi o tempo quem os destruiu, construíram um prédio no lugar.
É o progresso sepultando com blocos de concreto as boas recordações da vida.
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Sílvia Pertusi.

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