Ouço ao longe um gemido como se fosse um choro
escondido, com medo de ser ouvido.
Tanta dor, tanta agonia, que me faz pensar que sofrimento é esse que é capaz de dilacerar a alma de quem ao longe ouvi, e igualmente a alma de quem o sente.
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Será saudades de um amor que acabou?
Será a falta de alguém que partiu?
Será que chora a mãe pelo filho ausente?
Ou será que chora o ontem pela falta de esperança no presente?
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Não sei...Talves seja a dor de sofrimentos passados,
mas não esquecidos.
Sofrimentos do dia a dia, a tristeza do desamor,
que causa tanta dor.
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Mas quando tentei me aproximar pra ver de onde vinha
o triste lamento, descobri que quem chorava era a noite
que despediu-se do dia que acabou, sem nem si quer perceber, que outro dia não tardaria a nascer.
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Assim somos nós que choramos nossas mágoas, sem saber a que vida sempre nos presenteia com o nascer de belos e ensolarados dias, e que a vida é uma constante
caixa de surpresas, e o grande segredo é fazer de cada surpresa uma alegria, uma festa, mesmo que chova, faça frio, não importa, o importante é trazermos dentro de nós um grande e brilhante sol.
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Sílvia Pertusi.
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3 comentários:
de fato, choramos e choramos muito!
de fato choramos e choramos muito!!!
Gostei muito,me tocou bem fundo,obrigado.
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