Sobre a mesa uma folha branca de papel,
as palavras fervilham em minha mente,
e em meu coração.
São palavras de amor, de carinho e de perdão.
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Mas como é dificíl transpo-las para o papel,
com coerência, com a verdadeira
força que são sentidas.
Como seria bom se você entendesse
tudo o que aconteceu.
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O porque das coisas terem se encaminhado para o fim.
Tanta dor, tantas lágrimas, tanto sofrimento.
E agora depois do tempo passado, o amor continua
vivo, pulsante, forte.
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Do meu lado o medo de retroceder, dar mais uma chance
e tudo voltar a ser como antes,
sem diálogos, sem intimidade de sentimentos, sem troca
verdadeira, uma convivência mecanina que a rotina criou
e que deixamos tomar corpo e ficar entre nós.
-
Do seu lado o orgulho ferido, o não querer pedir para voltar
e ser negado essa volta.
-
E assim seguimos nós, prisioneiros de um imenso amor
que transcende o tempo, que se impõe mesmo contra a nossa
vontade, forte, tirano, possessivo.
Aí de nós, prisioneiros desse sentimento avassalador,
que nos fere a distancia, e nos maltrata quando juntos.
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Eu te amo muito hoje, como te amei no passado,
e tenho certeza que te amarei para sempre,
nesta e em outros tantas vidas que vierem.
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Sílvia Pertusi
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