segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

DIFERENTE


Não há nada mais dificil e perturbador,
do que ser e se sentir diferente,
ser uma em um milhão.
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Sinto-me a beira da loucura, do descontrole emocional,
pois penso e sinto diferente das demais pessoas,
ou pelos menos, das que me rodeiam e convivem comigo.
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Meu conceito de respeito, dizem estar ultrapassado,
não pertencem mais a este século.
Carinho, amizade, companheirismo, fraternidade,
são apenas palavras esquecidas no dicionário.
Alguém sabe o que é dicionário??
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Pessoas idosas, são velhos babacas e descartáveis.
Esposas que foram mães e se dedicaram a vida inteira
em prol do crescimento e desenvolvimento moral
e intelectual dos filhos e dos maridos,
são trocadas por meninas tolas, ou coroas achando-se meninas.
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Revendo as minhas velhas e descartáveis recordações,
percebi e senti, que sou como o joio em meio ao trigo.
Ou serei o trigo em meio ao joio??
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Sempre fui diferente e me senti diferente,
devo ser louca, estar deprimida, ou mesmo sofrendo
desses males modernos que os que viveram muito,
lutaram muito, construíram muito, sofrem...
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Solidão e abandono, peça velha, descartável, sem valor,
que deve se deixar ficar de lado para não atrapalhar.
Não dar palpites, pois todos sabem o que estão fazendo.
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E sabem tanto que estão transformando o mundo,
gerando a degradação humana, degradação moral,
degradação aos bons costumes.
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Sou diferente, fui diferente e se Deus quiser...
Sempre serei diferente!!!
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Sílvia Pertusi

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