segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

QUISERA


Quisera eu, ser como um cavalo veloz,
correndo contra o vento, sentindo toda
a liberdade de flutuar no ar, sem amarras.
-
Amarras morais, impostas por uma sociedade
hipócrita, doente, insana,
que se prende a preconceitos rançosos.
-
Quisera eu, galopar sem cabresto,
sem rédeas, dona de mim mesma,
de minhas vontades e sentimentos
.
Sentir-me valente, como um animal sem dono,
correr voando, por campos e campinas,
sem ter que prestar contas a mim,
nem mesmo a minha conciência.
-
Mas dessa liberdade, jamais conseguirei
desfrutar, pois, devo obediência
aos meus conceitos e preceitos,
e ao que julgo, certo e errado.
-
Sílvia Pertusi

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